“Pensamento errante”
Material ou espiritual
espera um conforto
vindo talvez de um ritual
feito num cais do Porto.
Veleiro a zarpar
perdendo-se na distância
que suporta aquele mar
sem o mínimo de ganância.
Pensamento errante
que vais como marinheiro
da solidão és amante
e não do escuro dinheiro.
Portas e porões
se abrem e fecham
tal como os furacões
suas marcas deixam. ( livro A Mão)