Os autarcas de Bragança e Mirandela criticam o facto de os utentes da Unidade Local de Saúde do Nordeste não serem enviados para os dois centros de testes Covid-19 que foram instalados a semana passada. As duas unidades de despistagem, criadas através de uma parceria entre os municípios e os hospitais privados de Bragança e Terra Quente, ficaram à disposição da ULS Nordeste mas até agora não estão a fazer testes a quem é a partir dali encaminhado. Júlia Rodrigues, presidente da câmara de Mirandela, explica que a ULS do Nordeste não deu grandes justificações sobre a situação. A presidente do município, em que já se fizeram testes no Centro de Hemodiálise, no Lar da Torre de Dona Chama e Romeu, sublinha ainda que é urgente que o diagnóstico seja feito nos lares:
“A única justificação que foi dada é que não existe necessidade. Julgo que é indispensável realizarmos o maior número de testes possível, no sentido da prevenção e não só de diagnostico, de forma a que, com todos os que estejam infetados, se crie uma linha de isolamento e não, mais tarde, uma linha de contágio.”
O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, considera que é incompreensível que as pessoas continuem a ter de se deslocar a Macedo de Cavaleiros quando o centro instalado na cidade podia realizar também testes a partir do Serviço Nacional de Saúde:
“Aqui em Bragança isso não acontece porque não tem havido prescrições dos médicos do SNS para realização dos testes neste novo centro, o que tem obrigado a que, por exemplo, pessoas de Bragança tenham de se deslocar a Macedo de Cavaleiros, indicados pelo SNS, para fazer os testes. É algo que não conseguimos compreender, como é que alguém que mora em Bragança e tem um centro de testes junto a casa, e é obrigada a deslocar-se até Macedo. Há aqui questões incompreensíveis e que seria necessário serem explicadas.”
Contactado, o presidente do Conselho de Administração da ULS Nordeste, Carlos Vaz, disse não querer prestar quaisquer declarações sobre o assunto.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)
