2021 está a o que menos incêndios rurais regista nos última 10 anos e o segundo com menor área ardida, de Portugal Continental.
Os dados da análise provisória do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais dizem respeito ao período compreendido de 1 de janeiro a 30 de agosto, durante o qual foram registados 6 672 incêndios rurais, menos 47% relativamente à média dos últimos 10 anos. Quanto à área ardida contabilizada, que até 30 de agosto era de quase 26 mil hectares, traduz-se numa redução de 68% face à média desde 2011.
Mas só nas duas últimas semanas de agosto, a área ardida ultrapassou o dobro, aumentando em 62,5%.
Se olharmos agora para os dados do 4º Relatório Provisório de Incêndios Rurais de 2021, publicado pelo ICNF, até 15 de agosto, os distritos com maior número de incêndios rurais foram o Porto, Aveiro e a seguir Braga. No entanto, o distrito com mais área ardida foi o de Vila Real, com um total de 3 627 hectares, resultado de 452 ocorrências. A grande maioria da área ardida corresponde a zona de mato.
Já o distrito de Bragança aparece em oitavo nesta lista, com 745 hectares ardidos e 171 incêndios.
O concelho com mais área ardida e número de focos foi o de Montalegre, que de 1 de janeiro a 15 de agosto registou 166 ignições, que resultaram em 2 057 hectares ardidos.
O incêndio que no dia 20 de julho deflagrou na localidade de Tó, no concelho de Mogadouro, foi, até 15 de agosto, o maior de toda a região de Trás-os-Montes e o quinto maior de Portugal Continental. No distrito de Vila Real, o maior, até à data, foi o que ocorreu a 18 de janeiro em Ermelo, Mondim de Basto.
O relatório provisório revela ainda que, até 15 de agosto, o mês em que se registou mais área ardida foi março, correspondente a 41% do total.
Dos incêndios cuja investigação permitiu determinar a causa, a maioria foram dados como resultado de negligência no uso fogo, com as queimadas de sobrantes a liderarem as origens dos incêndios, seguindo-se o incendiarismo – imputáveis.
De entre os incêndios registados, 82% resultaram numa área ardida inferior a um hectare.
Recordo que até 30 de setembro estamos no Período Crítico de Incêndios.
Escrito por ONDA LIVRE